O consumidor brasileiro não sabe lidar com as finanças pessoais: gasta mais do que ganha, não guarda dinheiro e não se planeja para o futuro. De acordo com um levantamento realizado pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), 81% dos entrevistados não sabem controlar as despesas pessoais. Somente 18% dos consumidores têm conhecimento total sobre o fluxo de receitas e despesas no orçamento pessoal, sendo que a maioria (71%) tem apenas conhecimento parcial de suas finanças e outros 10% têm baixo ou nenhum conhecimento. A pesquisa ainda revela que mesmo entre os que sabem pelo menos um pouco sobre suas finanças, há uma parcela significativa (28%) de pessoas que não utiliza um método organizado e faz o controle financeiro apenas “de cabeça”. Na lista dos métodos de controle financeiro mais citados, 38% utilizam ferramentas manuais como caderno de anotações, agenda e papel. Em seguida vem a planilha de computador, com 32% e somente 2% dos entrevistados afirmam que a tarefa de controlar as finanças é feita por terceiros. De acordo com a economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, não importa a ferramenta, importa que o método seja organizado. “Algumas pessoas têm facilidade com planilhas ou aplicativos, mas outras não. O fundamental é sempre registrar tudo o que se ganha e se gasta e jamais confiar na memória, porque ela falha.” Disciplina Quando indagados sobre as dificuldades que enfrentam na hora de fazer o planejamento das contas, 39% dos consumidores alegaram que a falta de disciplina para registrar todos os gastos é o principal empecilho. Outras opções como unir todas as informações (29%), recordar todos os pagamentos que não constam no extrato bancário (28%), falta de tempo (23%) e não saber calcular taxa de juros (11%) também foram citadas. Além disso, mais de um terço dos brasileiros (36%) admitiram não saber o valor exato das contas que terá de pagar no mês seguinte. Já em relação aos gastos extras, a maioria (57%) também afirma não saber com precisão o quanto terão de desembolsar no próximo mês, fato que dificulta o planejamento e o controle financeiro do próprio orçamento. Como consequência direta da falta de conhecimento sobre as próprias despesas, 36% dos entrevistados afirmaram terem deixado de pagar ou terem pago com atraso alguma conta nos últimos 12 meses. Na avaliação dos especialistas do SPC Brasil, a falta de planejamento é reflexo da “cultura do imediatismo” que conduz o pensamento de boa parte dos brasileiros. Em torno de 36% admitem que costumam adquirir produtos mesmo não tendo condições de gastar. Já 30% reconhecem ter comprado, nos últimos três meses, algum bem que fez com que excedessem seu limite financeiro. Fonte: Infomoney

SÃO PAULO – Karl Pillemer, em seu livro “30 Lessons for Living” (ou 30 Lições para a Vida, em tradução livre), consultou mais de mil idosos norte-americanos, com 80 e 90 anos de idade, em busca de conselhos sobre como ter uma vida feliz.

Entre muitas sugestões de como levar uma vida boa, os idosos também deram conselhos sobre dinheiro e trabalho – lições que vão contra muitas máximas ditadas pelos jovens e adultos de hoje. O site Business Insider compilou dez delas, confira quais são:

1. Os jovens são obcecados em fazer muito dinheiro. Pessoas mais velhas se perguntam o que eles estavam pensando Quando perguntados sobre a receita para a felicidade no trabalho, nenhum dos entrevistados disse que para ser feliz você deve trabalhar duro para ganhar dinheiro, nem que é importante ser rico tanto quanto as pessoas ao seu redor e, muito menos, disse que deve escolher seu trabalho baseado no poder aquisitivo futuro.

2. Muitas vezes, o dinheiro fica em guerra com o tempo. Saiba equilibrá-los adequadamente A visão a partir do fim da vida é simples: um tempo bem gasto e divertido supera o dinheiro em qualquer etapa da vida. Os idosos não sugerem que todos os jovens se tornem artistas famintos, mas que eles saibam equilibrar momentos de lazer com momentos para ganhar dinheiro.

“Muitos escolhem a profissão por causa das recompensas materiais, mas em algum momento, esses vão olhar para trás e suspirar: ‘o que eu fiz com minha vida’. Eles concordam que é preferível ganhar menos e apreciar o que fazem, em vez de viver para fins de semanas e férias anuais.”

3. Independência no trabalho é crucial Quando os idosos discutem suas vidas profissionais, dois temas estão correlacionados: seu propósito (além do salário) e autonomia. Não ter nenhum deles no trabalho atual torna-o um grande fardo. Satisfação de carreira depende do quanto você tem autonomia para tomar decisões e se arriscar, sem pensar se esse caminho lhe levará “longe”.

4. Você gasta mais de 40 horas semanais no emprego. Certifique-se se ele lhe faz felizSegundo os idosos, nenhuma quantia de dinheiro é mais valiosa do que ter um emprego que lhe faz feliz, de se levantar feliz a cada manhã, em vez de um que você teme. “Se acorda de manhã e não quer ir trabalhar, você está no emprego errado.”

5. Procure novas oportunidades de trabalho Muitos recusam uma promoção ou oportunidades de trabalhar no exterior por medo de se arriscar. Para aqueles que já viveram mais da metade de sua vida, este é um dos piores erros. O conselho é abraçar novos desafios, dizendo “sim” o mais rápido possível.

Não é à toa que os arrependimentos mais frequentes relatados sobre o trabalho envolvem oportunidades perdidas. “A maior recompensa que você pode receber em sua carreira é a oportunidade de fazer mais.”

6. Deixar de viajar é uma das maiores fontes de arrependimento Se eles pudessem voltar no tempo, os idosos viajariam mais. Essa foi a conclusão do autor, depois de ouvir muitos reclamarem de não ter conhecido diversos lugares, mesmo cidades vizinhas de onde moram.

7. Para ter sucesso no trabalho, você precisa ser mais que talentoso. Você precisa ser um bom profissional Os idosos entrevistados vieram de diversas ocupações, das mais variadas áreas. Nos anos em que trabalharam, eles observaram que ser talentoso não supera desenvolver habilidades interpessoais. Muitos jovens focam em ganhar conhecimento técnico e não dão importância para características para convívio social, como empatia, compaixão, postura profissional, ética e capacidade de resolver conflitos.

8. Seja moderado, mas saiba viver um pouco Não se preocupe com tantas coisas, saiba relevar e ponderar o que é importante na vida. “Enquanto eu crescia, as pessoas que eu conhecia e amava foram morrendo e eu comecei a perceber como os momentos de cada dia são preciosos”, confessou um idoso.

9. Pare de se preocupar com coisas que você não pode controlar Os idosos veem a preocupação como uma característica que nos impede de viver a cada dia e sugerem fazermos tudo que está no nosso alcance para mudar isso. Mais importante, eles acreditam que a preocupação é um desperdício de tempo e, uma vez que o tempo é o recurso mais precioso, gastá-lo com ela é a pior maneira de levar a vida.

10. Pensar a longo prazo é a melhor maneira de viver como um investidor. E é uma maneira terrível de viver como um ser humano “Parece que se leva uma vida inteira para aprender a viver o momento, mas não deveria ser assim”, relatou um entrevistado. “Eu certamente sinto que minha vida tenha sido orientada pelo futuro. É uma inclinação natural pensar nele, mas é preciso aprender a apreciar o momento, o que está acontecendo ao seu redor agora, neste exato momento. Essa seria a minha principal lição para os mais jovens.”

Fonte: Infomoney

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